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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Se não for bater ,não pise no freio

Já pararam para pensar no significado do medo? Já imaginaram o que ele significa? Atentem para o seguinte: aqui não me refiro ao vocábulo “medo”,mas sim ao medo em si. Algo que poderíamos definir como sentimento,uma sensação desconfortável, mais paralisante do que um dardo envenenado.
     Qual seria a função desse fenômeno,se é que assim podemos chamá-lo? Por que ter medo? É bom? Alguém já se sentiu bem tendo medo? Creio que a maioria das respostas será não. Se alguém já sentiu prazer em ter medo,avise,pois você é um caso para se pesquisar,meu caro. O fato é que ,por maioria de votos – acho -  o medo é algo ruim. Vamos agora fazer um pequeno passeio pelo medo e seu “reino de terror” (só um trocadilho para descontrair ;) )
    Todos nós,sem exceção,começamos a sentir medo na infância. Começamos a ser muito curiosos e fazemos algumas besteiras com as coisas de nossos pais. Como é a primeira vez que acontece,geralmente os pais dão uma advertência ao filho,dizendo que se aquele episódio se repetir,levará algumas palmadas. Mas o desafio sempre puxa o ser humano para as maiores confusões e ,levados pelo doce aroma da aventura,vamos novamente mexer nas coisas de nossos pais. Se escapamos,tudo bem;mas isso é muito difícil de acontecer. E aí,o que acontece? Tcharam! Apanhamos. E é uma experiência tão ruim que acabamos por ter medo de que isso aconteça de novo. E vejam só: o primeiro medo já aconteceu.
     Depois, quando estamos maiores e vamos dormir ,influenciadas pela televisão e algumas histórias de criança que ouvimos, nossas cabeças começam a fantasiar e criar monstros horríveis que podem estar embaixo da cama,só esperando para nos devorar; a total ausência de luz é a principal causadora disso,pois nada podemos ver. E o desconhecido sempre assustou o homem,desde que o mundo é mundo. E olhem,eis aí a nossa segunda experiência assustadora: o medo do escuro.
    Aí,crescemos mais um pouco e algo muito bom(ou muito ruim,não sei dizer ao certo) acontece conosco: nós nos sentimos apaixonados. Sentindo que papai e mamãe possuem a solução para tudo,pedimos seus conselhos,e somos encorajados a falar com a pessoa amada sobre nossos sentimentos. Mas aí a língua trava,suamos frio. Às vezes temos dor de barriga e outras sensações típicas do nosso estado emocional: é o medo da rejeição.
    Aí então,crescemos mais um pouco e vemos que a violência está em todos os lugares,e isso nos assusta. Relatos de pessoas que foram assaltadas e casos de assassinatos.  E na maioria das vezes,as vítimas do medo são os nossos pais; podemos ver o pânico estampado em seus rostos sempre que saímos de casa. E a alegria algumas vezes exagerada quando voltamos inteirinhos para casa.
    Vocês podem se perguntar: o que isso tem a ver? Ora, eu apenas quero mostrar o que o medo faz com o ser humano. Lembram do medo do escuro? Ficamos apavorados e confusos e,por não entendermos muito do mundo à nossa volta,não percebemos que dentro de algumas horas o sol trará de volta a luz e a paz à nossa agonia.
    O medo da violência muitas vezes faz com que nem saiamos de casa. Nos tornamos seus prisioneiros,era o contrário que devia acontecer. O medo não nos acrescenta coisa alguma,só tem o poder de tirar. Por medo de uma surra,podemos até ficar traumatizados e perder a confiança em nossos pais. Já imaginaram se isso acontecesse conosco?
     Então,por que ter medo,senhoras e senhores? Para que ele serve? Serve de freio. O medo nos faz raciocinar e pensar e ver que o que certas coisas que fazemos pode nos destruir;roubar por exemplo. Quantas vezes não desejamos algo e não tomamos porque tivemos medo de ser presos ou até mesmo de sermos condenados ao inferno? Nesse caso,o medo é algo bom. Só em casos que podem nos fazer mal. Do contrário,o medo faz com que não vivamos a nossa vida e as oportunidades que ela nos dá. Mas existem as pessoas que eu considero masoquistas,que fazem o que querem sem pensar nas conseqüências,que não ligam para o medo e acabam se ferrando por isso. O nome disso não é coragem. É burrice ,é insensatez.
     Não tenhamos medo de viver a vida,caros filósofos. Ela foi feita para isso. Viver é aprender. Mas aprender tem dois caminhos: o fácil e o difícil. O fácil consiste em aprender com os exemplos e erros dos outros; o difícil consiste em aprender com os próprios erros e quedas. Qual caminho você escolhe? Pense nisso. E sobretudo,lembre-se: se não for bater no muro dos problemas ,não pise no freio da vida. Viva ,apenas viva.
  


     Luiz 
            

                                               

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